Postado em quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Alfenas terá nova lei para arborização da cidade


Alessandro Emergente

A cidade de Alfenas passa a ter um mecanismo legal para corrigir distorções na arborização da área urbana. A nova lei, elaborada através de um estudo técnico, já aprovada pela Câmara Municipal, prevê regras para substituição das espécies de árvores que hoje entram em conflito com calçadas, sinalização e rede de esgoto e água.

De acordo com o engenheiro florestal da Superintendência de Meio Ambiente, Ademar Vilhena Souza, a substituição será gradual para que a cidade não fique descoberta do sistema de arborização. Estas substituições só serão realizadas após um laudo técnico da Superintendência de Meio Ambiente constando a necessidade.

Atualmente, é comum, em vários pontos da cidade, placas de sinalização encobertas pelas folhagens, passeios danificados, além da rede de água e esgoto de algumas residências prejudicadas. Tudo isso devido ao plantio de espécies inadequadas para a área urbana.

Souza explica que este sistema de arborização incorreto foi implantado na década de 70. Na época, houve uma conscientização da importância de arborizar as cidades, no entanto ao colocar em prática, os municípios não fizeram um planejamento adequado com supervisão técnica.

As espécies de grande porte (Sibipirunas, Quaresmeiras, Acácias, Amendoeiras) são comuns hoje na área urbana e devem ser substituídas gradualmente por outras de porte menor (Ibiscos, Manacá, Resedá, por exemplo). “As arvores grandes podem ser utilizadas na área urbana desde que a escolha do local seja apropriada”, observa Souza.

A nova lei tem 31 artigos. O plano foi elaborado pela Superintendência Municipal de Meio Ambiente por cerca de um ano. De acordo com Souza, uma comissão técnica envolvendo representantes de diversas instituições e órgãos (Cemig, Copasa, Codema, Unifenas e prefeitura) participou das discussões para elaboração das diretrizes. Para ordenar a revitalização arbórea em todo perímetro urbano será instituído o Guia da Arborização.

Um inventário com o levantamento dos dados de todas as arvores existentes no perímetro urbano foi iniciado em 2005, mas ainda não foi concluído. O censo arbóreo deve identificar não só o numero de espécies existentes em toda a cidade, mas também o de árvores. Segundo Souza, ainda faltam dois bairros para que o trabalho seja concluído.



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